sexta-feira, 23 de novembro de 2007

DIA CINZENTO

Em tarde fria, de chuva e de vento
Com neve à mistura, num céu cinzento,
Fico à janela olhando a rua
Sem vida, sombria, vazia de gente

Nem flores, nem pássaros,
Nem cães vadios
Se vêem nas ruas
Nestes dias frios

Quisera ter o poder
E uma palaleta de cores,
Para nestes dias mortiços
Lhes mudar os humores.

Pintava a neve a chuva e o vento
De cores garridas, lindas, brilhantes.
As bolas de granizo não as esquecia
E pintava-as alegres, de cores berrantes.